tag:blogger.com,1999:blog-88423156163243821302024-03-12T19:32:29.345-07:00Insanidade CaóticaRafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-2644916988366786942015-12-08T11:38:00.003-08:002015-12-08T11:38:41.543-08:00Estátuas e Sombras<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele estava sentado de frente a sua janela.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Era um dia nublado, como sempre é. Olhando o movimento das ruas, as pessoas vêm e vão e seus pensamentos se perdem ao longe de desconhecidos a sua frente.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem emoções, sentimentos, nada. Talvez as pessoas que o conheçam apenas tenham se afastado, ou ele mesmo se afastou preferindo a solidão de seu lar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Olha fixamente para a rua, como se soubesse que lá, em algum lugar vai encontrar algo que talvez nem mesmo ele saiba o que é.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Passam horas, dias e noites, as pessoas nem estranham mais a janela sempre aberta, seu olhar perdido. Há quem diga que isso é uma confusa desilusão amorosa, ainda há quem diga que simplesmente não tem o que fazer – é um vagabundo –, mas ninguém nunca se atreve a perguntar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Boatos correm de que ele nem mesmo come ou toma banho, está sempre lá, imóvel. Estaria morto?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas como não é problema de ninguém, quem se importa?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As crianças nas ruas inventam milhões de apelidos, fazem piadas que só elas entendem, nada faz sentido, eles cansaram de provocar, face do homem na janela nunca muda, ele nunca se move. Senhores e senhoras de certa idade dizem que na sua época não se via coisas assim, que isso é culpa de pais liberais demais.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar disso, mais cedo ou mais tarde, todos sempre voltam a afirmar "isso é coração partido".</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Seria mesmo?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse homem parado em sua janela olhando a rua há dias não se move, não esboça a mínima reação, frio, calor, tédio solidão, nada.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O que o faz ficar parado assim?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos momentos mais calmos da vizinhança era possível ouvir o telefone de sua casa tocando, mas era ignorado por ele, não estava nem ligando pra quem quer que seja que estivesse tentando entrar em contato, ele só ficava lá, observava tudo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nunca se viu nem mesmo outra pessoa dentro da casa.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Por mais que passasse o tempo ele continuava lá.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mesmo aqueles que tinham más intenções e planejavam assaltar a casa, tinham receio. Ele poderia estar armado, pode ser um louco, um lunático esperando alguém se aproximar para ele mostrar todo seu descontentamento com as coisas que seus vizinhos diziam dele, podia ter um acesso de raiva pelas risadas que ouviu.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquela luz sempre acesa dentro do quarto com a janela entreaberta que somente tinha espaço para ele olhar o que se passava, não virava o rosto e nem menos se permitia perder em sua concentração.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de um certo tempo as pessoas começaram a sentir-se incomodadas, começaram a reclamar entre si, sentiam-se vigiadas por um estranho que eles nem mesmo sabiam quem era.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As crianças pararam de atazanar a vida daquele sujeito, os pais, por medo, diziam para não ficarem muito em frente à casa. Os idosos temiam sua própria segurança.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi quando as fofocas nas ruas aumentam, todos acham que estão sendo discretos, mas não estão.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A polícia nem sequer pode fazer nada, porque o indivíduo está dentro de sua residência e nada fez para ninguém. Quem sabe observa a tudo devido a uma ordem de restrição, seja lá o que for que ele tenha feito está pagando, e isso, de certa forma conforta os moradores. "É mesmo só um vagabundo, tem que pagar". Mas eles nem mesmo sabem quem é.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não se lembram de quando ele se mudou para lá, nem mesmo de terem dito bom dia para ele. Tudo girava em torno de suposições e intrigas com alguém que nem ao menos se defendia das coisas que diziam justa ou injustamente a seu respeito.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada o interessava mesmo? Por que alguém tão frio estava num lugar onde as pessoas costumam falar tanto de seus iguais, e ainda assim não é capaz de ver seus próprios erros...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E sempre, sempre há o velho clichê de que um dia alguém perde de vez a paciência e toca a campainha de sua casa, e mesmo assim ele não sai de seu lugar, continua lá ignorando. Talvez nessa hora esteja derramando uma lágrima por ver que alguém se importa, talvez somente seu corpo ainda esteja vivo. "Bom dia", "oi", grita insistentemente aquela moça curiosa que continua a tocar a campainha. Nisso os vizinhos correm para junto dela com o discurso de que querem ajudar, protegê-la, e o circo já está armado. Pessoas ficam em frente à casa tentando chamar a atenção daquele que há pouco tempo "era só um vagabundo", "um coração partido", mas como toda bola de neve tende a crescer, a mídia local dos pequenos jornais de bairro da região tenta construir uma história, é a grande chance destes pequenos jornalistas chegarem onde querem. Assim o jogo todo mudou, antes aquele que era o observador e agora é o observado o tempo todo. Mas ele nem ao menos se importa.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As pessoas começam a reparar que apenas uma luz na casa está acesa, assim como a TV ligada ao seu lado. Procuram saber o nome do proprietário da casa, tentam saber de tudo, traçar um perfil psicológico, querem tudo sobre ele porque a matéria cresceu. Entre os vizinhos, surgem os "amigos" que nunca o viram assim, voltam as histórias do coração partido.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quase uma semana parado, há dois dias fotógrafos e repórteres seguem acampados, junto de alguns moradores que não tem o que fazer a não ser esperar e observar. Durante as tardes as pessoas rezam por ele, juntam-se pessoas do bairro inteiro tentando de alguma forma salvar aquele pobre homem que insiste em ficar lá.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Claro, há aqueles que afirmam que ele se levantou para ir ao banheiro. O pior é que eles confirmam que viram, mas não viram de verdade, querem apenas chamar atenção. E enquanto isso o estranho vizinho continua ali na janela. Talvez já esteja morto. Alguém o viu comer? – questiona um padre que chegou lá para rezar pela alma do cidadão.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">De mochila preta, calça suja, tênis cheio de barro, chega um casal que observa ao longe atentamente e tenta entender o que se passa. Ao lado deles outro casal conta o que se passou. Todos se juntam na calçada rezando por ele, lágrimas são derramadas, meninas que querem seus minutos de fama dizem que não precisava acabar dessa forma e se acabam em suas próprias lágrimas. A frente da casa está cheia de velas, flores e incenso, já é quase uma atração turística. Mas ninguém entende o por quê.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A cada minuto que se passa naquele domingo mais e mais pessoas juntam-se ao culto, as pessoas dão as mãos e cantam, repórteres fazem a festa colhendo depoimentos e fotos deste acontecimento, é tudo tão sensacional que vai ser a capa da semana!</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Com licença", ouve-se uma voz assustada de um jovem passando entre a multidão, seguindo até a casa sem entender o que está acontecendo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao vê-lo colocar a chave na porta as pessoas a sua volta falam ao mesmo tempo. Ele está assustado não consegue entender tantas frases juntas ao mesmo tempo, tudo está confuso. Quando olha para a janela percebe "esqueci a luz e a TV ligada... putz minha conta... não quero nem ver..."</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Assustados os vizinhos não conseguem entender as milhares de sensações que se passam, uns querem bater naquele homem sem nem ao menos ele ter culpa pela curiosidade alheia. O padre, ainda sensato, pergunta sobre a pessoa na janela. "Sou escultor, fiz aquela peça e deixei secando." Diz o homem que acabara de chegar, conta que foi há várias exposições durante a semana e voltou justamente para buscar o "homem da janela". Neste momento as pessoas estão furiosas, repórteres frustrados. Em meio a tudo isso o padre conversa com o artista enquanto as pessoas vão embora com muita raiva por tudo o que passaram.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O padre apenas ouve o homem que tenta entrar em sua casa</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Não tive culpa, achei que voltaria logo, o senhor pode ver, quem largaria tudo ligado assim? Por que eu faria isso? E quem são essas pessoas? Eles não têm o que fazer? Tinham que ficar vigiando tudo assim? É muito estranho isso, não fiz nada errado e todos me culpam pela própria curiosidade, é sarcasmo isso, não? Eles vieram aqui, ficaram aqui, disseram o que quiseram, mas quando a verdade é dita todos somem, é sempre assim padre, o senhor sabe."</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O vigário concorda, conta que ele também se deixou levar pela emoção, desculpa-se e vai embora, ninguém mais toca no assunto.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto a frustração e raiva tomam conta das pessoas, um fotógrafo olha as fotos que tirou, entrevistas que fez. Aquele homem que chegou na casa e entrou, ele também foi entrevistado, ele esteve todos os dias junto a multidão. O fotógrafo percebe que ele esteve o tempo todo ali anonimamente, observando a multidão em frente a sua casa. “Fomos observados desde o início” pensa ele. Por quê?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele reúne todos os arquivos, fotos, vídeos, o homem sempre esteve fora da casa, ele foi um dos primeiros que surgiu com a suposição de "coração partido". Então, sob a fúria que sentia, o fotógrafo volta até a casa, a estátua já não está mais na janela. Quando a campainha é atendida pelo mesmo homem que esteve em meio à multidão todos aqueles dias ele conta o que descobriu e quer apenas saber o por que.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Escuta então que tudo isso fazia parte de um estudo, uma tese de graduação sobre o quanto as pessoas se interessam mais em vivenciar a vida alheia do que sua própria vida, que todos, sem exceção nenhuma largaram tudo o que tinham que fazer simplesmente porque algo dentro de sua pequena sociedade era muito mais interessante do que viver suas vidas, que mesmo os mais jovens deixavam de sair para ficar olhando, todos querem comentar sobre a vida dos outros, mas ninguém quer ouvir falar da sua própria vida. Essa era a intenção do artista ao deixar de propósito a estatua na janela e ficar fomentando opiniões e teorias com as pessoas que ali se reuniam.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O fotógrafo se sente completamente inútil e constrangido. Ele sabe que também fez isso...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Será que todos fazemos isso mesmo? O tempo todo?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao voltar para casa ele faz as malas, apaga as luzes e resolve ir viajar, mas volta novamente para ver se as luzes estão todas apagadas. Já chega de cuidarem da vida alheia, é hora de cada um viver sua própria vida.</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-63667288819551368202015-12-08T11:37:00.004-08:002015-12-08T11:37:35.993-08:00Vendavais<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Perdido em seu inconsciente, o tempo se esvai, ele vê as armadilhas serem levadas pelo vendaval do deserto, pensa em como era o tempo em que lutou para se libertar, mas foge o pensamento em sua luta por seguir o caminho, agora devastado pela tempestade de fogo que vem do vulcão...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Às vezes parece que tudo deu certo, ao mesmo tempo em que seus pensamentos desmoronam, seguidos de uma avalanche de emoções. quisera que fosse um sonho ruim. seria apenas despertar para por um fim nisso tudo, mas hoje não é tão simples...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há armas para lutar, não há quem combater, mas ele segue a espreita, caminhando entre sombras, se disfarçando por mero receio de ser encontrado, não, isso não pode acontecer, colocaria um fim a tudo que foi feito até agora... no meio desta multidão de egos que o vigia, ele precisa a todo custo manter seu rumo, mesmo que não saiba onde precisa ir...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo parece estar desfocado, não há um caminho ou mesmo uma imagem que consiga lembrar de nada, sobra apenas aquele borrão de um dia que talvez tenha sido o princípio de tudo, quando decretou seu próprio fim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Desistir" é completamente fora de questão, abandonar, por que? não há muito até agora, não haveria porque não deixar algo de lado, talvez apenas quando assumir a derrota é que a chance de vencer reapareça, mas ainda assim, tem que existir outro caminho, tem que ter um outro jeito, mesmo que siga perambulando por entre todas estas máscaras quebradas ao chão, ele sabe que não é a hora de se entregar a exaustão, precisa se levantar mais uma vez, acreditar no que nem ao menos sabe se ainda é real... mas que talvez ainda exista e o faça reencontrar suas memórias de um mero minuto que se perdeu entre os escombros de um dia de sol.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E esta noite, há uma luz que o leva num rumo desconhecido, talvez até sem volta, mas para quem veio até aqui sem saber o motivo, o que é que se tem para perder? mas aquela sombra que antes o perseguiu começa a ganhar formas e cores... agora tudo está claro e a realidade perdida volta a fazer algum sentido dentro de toda a insanidade vivida até aqui, mas talvez a loucura seja seu escape de um mundo que ele ignorou, entretanto, sempre existirão riscos em todos os lados, é hora de se deixar levar outra vez pelo maremoto de confusões que o levaram até aqui... é hora de abrir novamente os portões para enfrentar o vendaval de vênus, que tanto evitou...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-13231750731957191992015-12-08T11:35:00.004-08:002015-12-08T11:35:47.729-08:00contra adição<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">andando nas colinas, do alto das grandes geleiras do deserto, perde-se entre as arvores secas durante a alvorada. sente a brisa quente do inverno, o leve odor das folhas que caem.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sente-se só.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sente-se forte.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sabe que logo alcançara o apogeu de seu declínio.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">ouve as risadas ao longe. sente o gosto amargo do suor.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">uma explosão.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">tudo começa a acelerar. sente que pode nadar ao olhar a água na pia.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">não há paredes no buraco negro. membranas tentam prender, mas ao acelerar seus pensamentos, fica quase intangível. vai alem do pensamento ludibriado pela insana consciência de seu ego perdido.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">deixa se levar pela maré do corredor dos devaneios alucinantes.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">fecha os olhos pra ver o fogo que o extintor dispara em rajadas contra o sussurro dos ventos do norte. consegue ver os guardiões do palácio dentro da masmorra sem passado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">perdeu o trem.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">perdeu a linha e a passagem.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">vai ficar encarcerado na ilusão daquele passado que nunca teve. vai se agarrar ao sonho inconsequente de seu carma. vai caminhar no pensamento alheio de um sentimento que nunca conheceu. vai estar longe, antes que possa chegar. vai se levantar de uma cova que não viu, quando não podia ouvir. alucinado pela luz dos postes onde nunca houve eletricidade. ele segue atras daquilo que não sabe o que é, mas que nunca esteve em lugar nenhum. estende as mãos e sente o perdão raivoso da culpa de um inocente que apenas acreditou. não vê nada além de um carma condenado ao acaso de um destino hipócrita com ideais superficiais demais para serem levados a sério.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sente em seu tato o paladar perdido durante a luta contra a sua imoralidade roubada pelos anciões de seu alter ego. não vê o aqui. nem percebe ali.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">sobe nos muros de um sonho esquecido para tentar ao menos ver onde chegou, mas nem ao menos saiu do lugar. sente o calor iminente da derrota presa na faca.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">deitado na parede do jardim, resolve caminhar no teto de mármore para trancar a saída. prefere não conhecer a porta azul de isopor. caminha entre as pedras cegas que viu dias antes no porto de onde partiu sem conhecer a ira ensandecida dos guerreiros da cidadela. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">carrega em suas costas as marcas dos ingloriosos dias em que se deitou na relva da manhã para contemplar a sagrada ordem que ouve sussurrar dos magos mortos. sentiu a verdade esmurrando sua face. sentiu o calar das sombras. viu as estrelas caindo quando os tiros de discórdia as atingiram. a poeira das ruas é levada pelas cinzas da luz incendiada. sente o calafrio de uma decisão complacente, sente queimar em suas veias a mediocridade de um tolo devaneio que se deixa ludibriar pela mimese de uma metáfora.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">é quando toda a sintaxe presa se deixa levar pelo utópico pensamento de uma id que não conhece. sente o sabor amargo de uma vitória trapaceada pela injustiça de um inocente desejo de perder tudo o que jamais teve.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">não vai além.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">não vai mais voltar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">caiu do muro do lado errado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">desmaiou dentro do sonho que nunca viu.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">caminhou entre as mascaras da ilusão do labirinto até fechar as frestas das janelas entreabertas...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-9018427546987351492015-12-08T11:30:00.001-08:002015-12-08T11:30:05.821-08:00Medo<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele buscava o topo da montanha a qualquer custo. Nada o impedia de sonhar cada vez mais alto. Nada o fazia perder a crença de um dia alcançar o estrelato que tanto sonhou. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nem mesmo o fato de ter perdido tudo, até mesmo seu emprego o fez desistir. Ele quer isso, não para provar alguma coisa para aqueles que não acreditaram, mas para ele mesmo que sempre acreditou. Para o seu ego, apenas.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acordava cedo todos os dias como se ainda estivesse empregado, caminhava pelas ruas com sua câmera, a procura daquilo que um dia poderia lançá-lo longe.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Até que numa fria manhã de terça feira, resolveu comer alguma coisa só para enganar o estomago mais um pouco. Mas eis que ao entrar naquele bar tudo estava prestes a mudar. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegou até o balcão e antes mesmo que pudesse pedir alguma coisa, ouviu a arma engatilhando atrás de sua cabeça.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Rezou muito, pediu para que ao menos pudesse sair vivo daquela situação. Mas antes que o meliante fosse embora, se deu conta que aquilo era só o começo do rumo ao estrelato que tanto buscou. Abriu os olhos e naquele instante viu que tudo tinha acabado. Mas não para ele.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquela sequência de acontecimentos momentâneos o incomodou por muito tempo. Mas não ao ponto de fazê-lo desistir de encontrar aquele que o fez encontrar o que precisava para chegar de novo ao topo que nunca pôde ver de perto.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo parecia correr contra ele, mas não desistiu. Acreditou que cegamente que agora sabia o porquê de ser repórter. Buscou informações em todos os lugares e por todos os meios, exatamente como aprendeu nos tempos de faculdade e de quando estava ainda no jornal. E após muito tempo perguntando em todos os becos, para todos aqueles que pareciam "perigosos", finalmente uma pista que poderia seguir. Os dias passaram e ele acompanhou ao longe o bandido que colocou a arma em sua cabeça, ia memorizando todos os passos rotineiros do homem. Pensava em como poderia abordar um sujeito que poderia tê-lo matado. Não tinha idéia se estava daquele jeito por medo ou ansiedade. Começou a se questionar se a fama valia tanto assim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos os dias ele respirava fundo e acompanhava aquele homem, claro que ele já deveria estar desconfiado de estar sendo seguido e que isso poderia acabar mal, tinha que pensar nas possibilidades, pensou que seu suor já exalava medo. Mas não ia recuar, parou como sempre ao lado do poste, olhando para frente, esperando o momento que o meliante sairia daquela porta e formulava várias perguntas novas, mesmo que já tivesse muitas anotadas. Mas algo estava errado, já passava do horário e nada da porta se abrir, aquela rua movimentada como sempre parecia bem vazia, as pessoas todas pareciam encarar esse repórter desempregado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"-Ei, por que você fica aí o dia todo olhando ali? Você é policial?" perguntou o bandido surgindo ao seu lado. Andou até ficar de frente. Encararam-se ambos estavam maltrapilhos, estavam frente a frente. E aquele rosto que nunca chegou a ver tão perto, o fez lembrar-se do som daquilo que o vez ver tudo além do que queria. Não era o medo que realmente sentiu aquele momento, não era nada além da vontade de fazer uma proposta da qual poderia um dia se arrepender, mas que o alçaria da forma que sonhou.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"-Não, não sou policial, sou só um repórter, mas preciso muito falar com você." Aquela frase ecoou dentro de sua mente, seu coração parecia acelerar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E o meliante aceitou conversar. Aquele homem sombrio, que parecia não ter expressões, nem demonstrava qualquer emoção. Mas agora era tarde para recuar. Fez a proposta, falou de sua grande idéia. "Um sequestro?" - perguntou o meliante. "Sim, deixe-me explicar". Naquela hora, todas suas anotações escritas e mentais pareciam ter desaparecido, que proposta era aquela que ele fazia a um malfeitor?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"-A minha idéia é simularmos um sequestro meu, onde vou relatar tudo o que passei, depois escreveria sobre o sequestrador, ambos seremos astros, ambos teremos fama e fortuna, não importando como conseguimos". Era tudo muito bem planejado, principalmente por ser um improviso de tudo que ele deixou para trás ao contar isso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Contou tudo, explicou os detalhes de seu plano, não teria como dar errado. Mas dependia do bandido aceitar, a grana era alta, claro, porque mesmo desempregado, ele era um repórter conhecido na mídia, foram muitos anos dentro do mesmo jornal, as pessoas sabiam quem ele era, iriam querer ajudá-lo num momento de dificuldade como esse. E como as coisas poderiam dar errado? Mas nem tudo pode dar tão certo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O bandido e o repórter seguiram para dentro do apartamento onde o bandido morava, conversaram sobre o plano, era realmente muito bom para ser algo apenas improvisado. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pediu ao homem um copo d'água, viu a arma sobre a mesa, aquele ser que um dia colocou a arma em sua cabeça estava de costas, assim como ele estava quando se viram pela primeira vez. Não pensou duas vezes, foi tomado novamente pelo medo, mas agora era ele quem estava em vantagem. Engatilhou a arma, pegou uma almofada do chão e encostou no bandido. Aquele homem que nunca parecia expressar nada, fechou o rosto, dava medo até mesmo de pensar qualquer coisa, eis que a arma é disparada, e, naquele apartamento sujo e escuro, isolado, quem poderia saber que eles estavam lá, ou quem saberia ao menos quem eram eles. Um disparo abafado por uma almofada. Foi só o que se ouviu e o que nunca ecoou. Tudo parecia mais escuro, muito mais.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele limpa as digitais da arma, sai andando tenta não demonstrar qualquer emoção ou sentimento. Seus sonhos estavam enterrados de vez. Aquele homem que um dia sonhou em ser o maior repórter que já se ouviu falar acabou de matar. Sorria escondido, estava satisfeito. Não queria mais os sonhos do passado, queria apenas ter a satisfação de tirar a vida daquele que poderia te-lo matado. Mas e agora esta era sua nova realidade? Esta seria sua nova vida?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A sensação do medo, a frieza, não sabia explicar o que sentia, o que se passou naquele instante em que puxou o gatilho, não sabia expressar ao certo o que houve, mas estava satisfeito, como se tivesse virado uma pagina mal escrita. E agora manchada de sangue, uma marca que jamais poderá tirar de sua vida, que jamais irá revelar, não sabia por que fez isso, não sabia explicar nem a si mesmo por que mudou de idéia, da entrevista, ao sequestro, à morte. Agora vai para casa escrever uma crônica sobre seus momentos de pavor ao quase morrer, mas guardando em seu intimo a sensação de ter estado do lado oposto da situação, afinal, agora ele pode ter um emprego de novo, será a melhor história que já escreveu e que nunca a contará por completo.</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-10909563767179067212015-12-08T11:25:00.004-08:002015-12-08T11:25:49.668-08:00Seguindo Adiante<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um surto psicótico e uma idéia totalmente perdida, as avessas e ainda aparece como se quisesse sair, se libertar, aparecer aqui do nada... não entendo o porque disso, mas sei que quando acontece, é hora de escrever...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">São dias como este que já passaram em que me pergunto se realmente cheguei até aqui, ou como encontrei esses caminhos. Porque sempre corro pela mais longa rua, quando poderia só andar pelos atalhos. Mas não. Sempre acabo escolhendo tudo que é complicado. Talvez todo desafio seja o motivo. Às vezes explodo fácil nesses caminhos. Mas páro e me permito pensar com clareza, guardo um pouco os impulsos pra um momento em q eles sejam realmente úteis... se é que serão...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo todo pareço agir só impulsivamente, deixo os pensamentos guardados e faço apenas aquilo que acredito, mas e daí??? Eu nunca deixei de acreditar em mim até o fim... Mas dessa vez, vai ser muito difícil, será muito mais complicado, talvez eu me perca bastante, mas acima de tudo, preciso acreditar que sim. Mas isso é outro detalhe e não vou me apegar nisso porque não farão tanta diferença no fim das contas... ou pelo menos é o que espero.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Se vou conseguir, não sei, mas não posso mais desistir antes... Não quero deixar algo pela metade, não de novo. O que passou não faz mais diferença. Não mais. Pode ser tudo tão sem sentido, pode não ter explicação, mas agora não tem razão me prender. Mesmo com as nuvens cobrindo a visão, vou encontrando novos caminhos, cheio de abismos, pedras, vendavais... </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegou a hora de ir além, abrir mão daquilo que me cega e recomeçar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é algo ruim como parece, mas é quase uma trava. E não posso ter isso eternamente no meu caminho se preciso acreditar que vai começar a mudar...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> Seguindo Adiante</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um surto psicótico e uma idéia totalmente perdida, as avessas e ainda aparece como se quisesse sair, se libertar, aparecer aqui do nada... não entendo o porque disso, mas sei que quando acontece, é hora de escrever...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">São dias como este que já passaram em que me pergunto se realmente cheguei até aqui, ou como encontrei esses caminhos. Porque sempre corro pela mais longa rua, quando poderia só andar pelos atalhos. Mas não. Sempre acabo escolhendo tudo que é complicado. Talvez todo desafio seja o motivo. Às vezes explodo fácil nesses caminhos. Mas paro e me permito pensar com clareza, guardo um pouco os impulsos pra um momento em q eles sejam realmente úteis... se é que serão...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo todo pareço agir só impulsivamente, deixo os pensamentos guardados e faço apenas aquilo que acredito, mas e daí??? Eu nunca deixei de acreditar em mim até o fim... Mas dessa vez, vai ser muito difícil, será muito mais complicado, talvez eu me perca bastante, mas acima de tudo, preciso acreditar que sim. Mas isso é outro detalhe e não vou me apegar nisso porque não farão tanta diferença no fim das contas... ou pelo menos é o que espero.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Se vou conseguir, não sei, mas não posso mais desistir antes... Não quero deixar algo pela metade, não de novo. O que passou não faz mais diferença. Não mais. Pode ser tudo tão sem sentido, pode não ter explicação, mas agora não tem razão me prender. Mesmo com as nuvens cobrindo a visão, vou encontrando novos caminhos, cheio de abismos, pedras, vendavais... </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegou a hora de ir além, abrir mão daquilo que me cega e recomeçar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não é algo ruim como parece, mas é quase uma trava. E não posso ter isso eternamente no meu caminho se preciso acreditar que vai começar a mudar...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-15407549495651982812015-12-08T11:24:00.002-08:002015-12-08T11:24:45.373-08:00Sobre o Tempo<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O tempo esvai... um momento que se aproxima;</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tão perto, cada vez mais ansioso... parece distante...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As luzes acendem nas ruas...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Setas não levam a lugar nenhum...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Seguimos os caminhos errados;</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos perdemos na nossa mente...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Venha, vamos lá, parece que ainda temos uma chance</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Talvez a gente possa se perder;</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E quem sabe é o que queremos...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E tudo ainda parece igual ao que era antes de começar,</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que vem depois, deixemos pra depois...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-6959363046527760762015-12-08T11:23:00.007-08:002015-12-08T11:23:59.529-08:00Quadros Vazios<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada nunca é tão certo quanto uma incerteza... isso realmente é uma afirmação que carregamos dentro do consciente, mesmo que ele discorde inconscientemente, arcando com as consequências...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E tudo que se esvai com o tempo, volta ao ponto de partida... e dá voltas, nos enganando sempre... fazendo ver o que interessa e deixa passar o que poderia ser importante, mas que vai se perder depois...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E quando alcançamos o topo, há ainda outros lugares ainda mais altos... novos desafios, velhas partidas... parece que a repetição nunca vai ter fim, será que é pra ser assim??</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Antigos momentos que voltam a tona quando menos se espera... no meio do nevoeiro há um sorriso... debaixo das neves uma mão se estende... tirando-o do temporal...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo volta ao começo quando caímos... mas às vezes é tudo o que se precisa...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">e novamente tudo se repete, continuamente... um circulo sem fim, mas é interrompido, quando resolve-se ficar de pé, escolher um caminho e ir embora, apenas ir embora e deixar todas as cicatrizes onde ficaram as quedas, onde o inevitável era impossível, mas que seguirá ali, parado em seu circulo, enquanto vê laços se soltando e indo adiante, indo para os lados, apenas por poder olhar as opções...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-32609762461810086952015-12-08T11:23:00.002-08:002015-12-08T11:23:17.187-08:00Um Gole de Café<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Às vezes o tempo corre ao nosso lado, mesmo que sem perceber, acabe atrapalhando um pouco, mas tudo bem...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando se tem demais, não há o que fazer, quando não se tem... é complicado querer ver além, quando não se sabe o que está procurando...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E algumas pessoas dizem algo que decepciona... outras dizem aquilo que é preciso, só isso... e em alguns lugares passa-se tempo demais sem saber quanto tempo se passou...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não existe a plenitude, seja do que for, todos já buscaram, mas alguém encontrou?? Ainda assim a gente a encontra um pouco de tudo o que procuramos em todos lugares que vamos... quem sabe não é isso que faz tudo valer cada vez mais...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um dia só é tudo, outras vezes nem conta nada... mas e daí??? Sempre vamos reclamar que passou rápido demais, que não foi o suficiente, por mais que seja aproveitado, não vai ser o bastante... nunca é...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Há muita coisa que ainda vale a pena procurar, assim como há aquilo que nem se deve mais lembrar... e assim a gente segue... encontrando mesmo que por pouco tempo, aquilo que faz tudo valer, cada vez mais... e quantas vezes algo tão simples faz ver que tudo, tudo mesmo, sempre vai valer a pena... o tempo todo, mesmo que por pouco tempo, já vale um dia...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-60726946563233361962015-12-08T11:22:00.003-08:002015-12-08T11:22:52.629-08:00Baldes de Areia<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O ultimo fogo subirá através daqueles olhos...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A casa assombrada caíra sob seus pilares...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Garotos cegos não mentem sentem um medo imortal...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquela voz era tão clara através de paredes rachadas...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquele grito ainda ecoa sob acordes distorcidos...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Perdido em sua ilusão atemporal, cavalga entre marés e desertos...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não vai chegar a lugar algum além de sua imaginação...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não são capazes de nos derrubar, não podem!!!</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje será o fim do acaso, um confronto do destino.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Espadas reluzentes lutam contra chamas...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há vitória. Não existe derrota. Não há fuga.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Há apenas o fim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Acaba a esperança.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Vendavais carregam a fumaça do fogo na vila...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo que um dia foi perdido, hoje volta.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Está de volta toda a perdição.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Estamos de volta ao recomeço.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E toda a vida se esvai numa goteira para um oceano já seco...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-68617824000473937322015-12-08T11:22:00.000-08:002015-12-08T11:22:09.439-08:00Aquario do Deserto <span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E por um instante sentiu-se consciente, como há muito tempo não sabia o que era isso, sentiu uma estranha sensação... parecia estar tudo tão distante, parecia até que tudo estava se despedaçando antes mesmo que chegasse perto o suficiente para derrubar...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sentia-se envolvido pelos prazeres de um mundo que não lembrava nem mesmo o caminho para chegar, mas sabia que toda volta era perplexa e cheia de nevoa... não sabia se iria voltar tão cedo, até porque nem sempre a estadia é tão ruim quanto parece.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Viajou daqui para lá. E de volta novamente. Como sempre, sem perder o rumo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Os mesmos velhos lugares e ainda reencontra velhos rostos que não via, ou porque evitava, ou porque realmente não encontrava, mas agora há algo novo, diferente, parece um segredo que ainda não pode ser revelado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E então, sente-se pronto para recomeçar vai se esforçar por algumas coisas. E pelo que disseram, muito do que está para acontecer pode durar para sempre... mas o pra sempre é instável. Então porque não aproveitar o que já existe. Ao menos enquanto dura...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-1084199527591732272015-12-08T11:21:00.002-08:002015-12-08T11:21:20.418-08:00A Corrente<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele queria acreditar, mesmo não conseguindo, parecia tão real quanto o que realmente não podia ver... horas, às vezes, não fazem o menor sentido, o tempo deixa de ser toda aquela incógnita indiferente do mundo... e tudo o que ele queria era poder estar longe, correr pra perto, é tudo tão confuso que mal sabe o que precisa descobrir a seguir...as opções aparecem como sonhos, sempre diferentes, sempre confusas, mas nada tão abstrato ou surreal quanto suas próprias duvidas de si mesmo...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele só precisava estar fora de si para entender o que se passou ao seu redor... às vezes precisa de um pensamento perdido, esquecido, para que tudo de novo se encaixe... mas tudo que um dia lhe pareceu perdido, hoje parece encaixar nos mais estranhos quebra cabeças que já viu. Pensa claramente em como um redemoinho podia cavalgar nas dunas do deserto espalhando a água do mar nas nuvens de poeira das fábricas abandonadas, essas imagens não explicam nada, mas as peças se encaixam como velhas conhecidas.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mesmo que às vezes seja só uma luz... pode ser que o interruptor estava mal localizado, mas ele o encontra... sempre... tenta reconhecer as sombras e vultos que passam em sua mente, nada é tão real quanto o único rosto que pode ver com um mínimo de lucidez, nada faz sentido dentro de sua imaginação que um dia o declarou uma pessoa comum, hoje, está muito além disso e se sente só em seus próprios devaneios. Mas não seria tão complicado se não fosse tao simples. Não vai atrás de nenhum outro rosto, nada o faz perder o foco, nada vai lhe tirar do caminho que escolheu. Mas tem certeza que nunca mais vai voltar ao ponto de partida. Desistiu das glórias que um dia conquistou por uma chance de não ser mais lembrado, apenas isso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E é claro, às vezes, toda noção se perde num suspiro. Tudo encontra uma razão na insensatez inexplicável de palavras soltas pelo mundo. Ecoando até chegar onde deveriam. Quando chegam, é que se tornam reais. Palavras cegam quando chegam. Cegam toda a luz. Cegam tudo que se pode deixar livre. Cegam até mesmo qualquer decisão. Mas nem tudo parece tão ruim...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">...porque às vezes, basta um sorriso...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-48313784950568175822015-12-08T11:19:00.004-08:002015-12-08T11:19:57.304-08:00As Sombras Do Teto<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ele ainda se lembrava... vagamente... do dia que perdeu...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Seus pensamentos não iam além de onde podia ver...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não dava importância ao que era razão... mas isso nunca deu mesmo, não faria sentido prestar atenção nisso justamente agora...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não deixou ninguém se aproximar... nem ao menos viu quem passou por você...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não sabia dizer se era angústia, raiva, ou mesmo o que e onde sentia tamanha dor, não queria descobrir, só queria deixar o tempo passar e poder se levantar de novo, então, estendeu as mãos e ficou ali... numa suplica silenciosa, talvez seu orgulho seja grande demais para que aceite ajuda, ou apenas não saiba pedir... e jamais vai admitir seus erros tão banais. Sente-se numa cama de concreto, incomodado por estar ali, mas não muda a situação na qual se encontra. Tudo era tão mais simples antes.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora está preso no jardim de lamentações onde costumava ir. Mas ia sempre em segredo, nunca quis que ninguém no mundo soubesse que reclamava de seus próprios defeitos que nunca soube aceitar ou mesmo conciliar com qualquer qualidade que possui. E todos sempre o esperam voltar. Não pode aceitar que o apogeu já foi há algum tempo, nem ao menos pode entender que, o que quer que faça, sempre tem consequências, boas ou más. Sempre tem. Tudo hoje é tão estranho e dolorido, mesmo as boas memórias o machucam, o derrubam para um penhasco que por anos tentou evitar chegar perto, não há recompensa nesta queda, apenas a solidão.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E ele ainda Espera reconhecer um momento pelo qual possa dizer que vale a pena dar um passo para trás. Talvez ali do lado no meio da multidão, quem sabe? Pode existir algo que reencontre, mas não se lembra. Tudo é tão vago, mas tão cheio, contraditório. Nada é vazio em sua mente perturbada por um passado de erros que não quis admitir. Talvez um futuro nublado seja a melhor opção, porque o que se vê agora não é nada animador. Mas não vai desistir ainda da ideia insensata de que possa se perder de novo... e dar um novo começo para tudo aquilo que nunca chegou a acabar... </span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-77666524195503012922015-12-08T11:19:00.000-08:002015-12-08T11:19:02.058-08:00Pedras no porão<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Encontrou-se dentro do seu inconsciente perdido, mas não lembrava de nada, estava apenas tirando o pó da estante. Carregava pensamentos dentro do peito, mas estava quase explodindo, mal controla sua emoção.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A ansiedade vai acabar, parece tudo tão próximo da razão, quando o livro está no final...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Paredes manchadas pela indecisão. Pedras jogadas para o alto, rendição. Lajes quebradas, caindo aos poucos.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Corredores desertos, sujos pela multidão que um dia caminhou neles. Escadas escuras, até mesmo as sombras e o pó desapareceram. E o frio porão, não parece abandonado, lampejos de luz parecem habitar o lugar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto na sala tudo ainda acaba no mesmo lugar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquele navio ancorado, parece que ainda tem esperanças de um dia sair do lugar, ir além, apenas ir além. Quando se vê um avião em queda, tudo parece estar perdido, tudo parece ir contra a fé, torna-se saudade, melancolia, torna-se aquilo que lutamos o tempo todo para evitar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O aeroporto ainda vazio, não há ninguém para viajar. As pessoas vão embora, simplesmente se vão.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E só ele viu o fim da história.</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-50956286279412523282015-12-08T11:18:00.003-08:002015-12-08T11:18:21.840-08:00Códigos do Caderno<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Lágrimas de poeira escorrem pelo castiçal perdido debaixo da mesa quebrada daquele quarto abandonado. A escadaria coberta pelos véus queimados, distantes dos sonhos que foram guardados para eles, a escada, não tem um fim, mas esta quebrada e não vai a lugar algum. Não tem começo e nem fim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ventos castigam as grandes dunas, as montanha começam a ruir, uma a uma, elas caem. A cada grão da ampulheta, um pedaço da montanha cede. O mundo está vazio. Cercado pela solidão de uma população que não se conhece.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Toda a perplexidade inexplicavel da insensatez cede à fé cega dos lenhadores desempregados. A matilha faminta agora sobrevive de frutas. Tudo muda, tudo se perde. Dentro de cada mente.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E nada derruba as ondas naquela praia, elas carregam toda a angustia e esperança daqueles que acreditam em alguma coisa que não saibam o que é, mesmo que talvez não exista. Não vai além do poder da fé. Não vai além do questionamento. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Amargo regresso dos pesadelos que um dia se arrependeram por deixarem os dados selarem seu destino. Em vão. Aquela roda que escapou, os atropelou quando tentaram atravessar a rua fora da faixa. Hoje estão tão debilitados, quanto as mentes que um dia perturbaram.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Mostrou a força ao questionar o poder. Mediu seu poder com as rebeliões. Gavetas foram abertas para contar segredos. Portas foram trancadas. Luzes apagadas. Nada mais é como estava um dia na sua imaginação.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Onde o mundo um dia se perdeu em sua solidão. Onde o mundo um dia não viu o que passou. Onde um dia... o mundo...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-62512624154228830572015-12-08T11:17:00.001-08:002015-12-08T11:17:22.891-08:00Equilibrio<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">- Já estamos sentados aqui faz muito tempo e você ainda se remoendo de culpa??? Fala sério, vai...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Acho que as coisas seriam diferentes, eu poderia ter agido de outra forma...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É, poderia, mas não o fez, vai continuar sentado aí olhando para baixo até quando?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não sei, até eu conseguir entender, quem sabe?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Papo furado, você não percebeu que seu tempo passou, você foi esquecido, você é a segunda opção.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Talvez. E você também não se sente assim?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Deveria?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não sei, não sei mais o que responder, antes eu achava que sabia as respostas...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É, o tempo passou, você não é mais o mesmo, olha a sua volta, tudo mudou e você ainda fica aí choramingando, você já teve atitude, lembra?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Sabe, é estranho ouvir algo assim, ainda mais de você...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Que bom, agora vai querer ser superior, pelo menos sinto alguma reação.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É... quem sabe...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Começou de novo? Olha, já estamos aqui tem um tempo e você começou a desabafar só agora, nem sei mais o que é tempo de tanto tédio que sinto aqui.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você sempre soube que procuro calmaria e ainda assim me procurou. E ainda reclama?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Sim, reclamo, é meu dever, vamos lá, levanta daí o mundo não vai para de girar, evoluir... e você pode fazer parte disso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não sei se ainda vale a pena...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É, então fica aí parado mesmo, fica olhando pra baixo, que legal, né... deve ser muita adrenalina...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você tem que ser sempre tão sarcástico?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você acharia que eu mudei se eu não fosse...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Isso é...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Vai, vamos, levanta daí e vamos dar uma volta, não custa nada. E você ainda pode se divertir.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É... pode ser depois?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não, não pode, vamos agora.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Então me diz uma coisa...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Se você vier com a mesma ladainha eu vou embora.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Mas é você quem vem me procurar, sempre.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ok, vamos deixar os detalhes de lado, pergunte.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Por que? Eu preciso saber o por que...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu sabia, nem sei há quanto tempo você tá nessa... me recuso a falar disso de novo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Mas você nunca quer responder, vamos, diga.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Hum... tá... você realmente vai se levantar se eu disser?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Acredito que sim, se você me convencer.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Droga. Por isso que demoro pra te procurar, tá vendo, é sempre a mesma coisa, eu vou embora.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Vai, faça como todo mundo já fez.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Certo, você quer respostas? Quem diria, que justamente eu iria te responder isso, chega a ser cômico se não fosse trágico.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ainda estou esperando.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-A culpa é sua sim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Como?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ah, você queria o que? Depois de tudo que você fez, ainda tem gente que duvida de você, ok, faz muito tempo, talvez você ache que precisa provar alguma coisa de novo, sabe o que eu acho? Precisa de nada disso não, você é quem tem que se levantar e ver que tudo tá diferente desde aquela época, não são mais as mesmas pessoas, existem outras preocupações hoje, lembra que eu te falei de evoluir, pois bem, foi o que aconteceu. Só que você parou.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Então é culpa minha, realmente não precisam de mim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não disse isso... ahh dane-se, vou me arrepender disso depois, mas...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Hum...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você teve forças para fazer tudo o que fez, você mostrou todos os caminhos, foi embora quando tinham aprendido tudo, você fez as escolhas assim como eu fiz.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É, você foi embora, até você...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Sim, mas eu tinha outros motivos.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu sei. E agradeço.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Olha aqui, vamos deixar de sentimentalismo, a gente tá aqui sentado olhando para a Terra, vemos como o mundo mudou, mas vai por mim, o mundo ainda acredita em você, ainda tem fé em você, existem ateus, é claro, mas ninguém pode obrigar ninguém a fazer o que não quer, ou acreditar em algo que tem duvidas, você me ensinou isso.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Isso sim foi impressionante.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu sei que você se sente desconfortável porque o mundo que você deixou, mudou e hoje em dia as coisas são totalmente diferentes, olha ali embaixo, teve muita revolução, teve evolução do ser humano, eles são diferentes, mas ainda são a sua própria imagem.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Assim como você.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu já disse, só escolhi outro caminho porque não acreditava em tudo e acho ainda isso aqui muito monótono.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você nunca gostou do Paraíso não é Lucio?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Já passaram milhares de anos, já disse que é Lucifer.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu sei, mas Lucio é um nome mais bonito.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ok, Jesus, agora você já está sorrindo e me fez relembrar da época que fiz parte disso, preciso ir embora antes que você me dê uma aureola de novo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não, não faria isso, você, apesar de tudo tem razão, acima de tudo eu dei livre arbítrio para a humanidade, eles escolhem no que acreditar. E me sinto melhor mesmo, parece que ouço preces ainda.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ah é?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Parece que alguém anda deixando a maldade de lado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não começa.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não foi você?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você tem milhares de emissários lá embaixo, porque justo eu iria devolver a fé deles em você?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Porque você, nunca perdeu a fé em mim, do contrário, não conversaríamos mais. Mas você sempre vem aqui e tenta me fazer acreditar na humanidade, me fazer ver que a fé em mim ainda existe, porque alguém que se diz tão mal faria isso?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não, não vou responder.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Não precisa, eu sei a resposta, posso sentir em você. Apesar de tudo, você começou aqui, você não tem seguidores, então mantem a fé no Criador.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Tá bom, eu tenho mesmo fé em você, mas não espalha... afetaria o nosso equilíbrio de "bem e mal", sabe...</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Eu sei que não é verdade, mas como você mesmo não querendo, me ajudou, vou manter em segredo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É, valeu. Agora já está melhor?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Sim, acho que seria uma boa idéia aquela caminhada que você falou. Você me mostraria algumas coisas ali embaixo, eu não entendo essas coisas modernas, no meu tempo a evolução ainda era o metal.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ok, eu te mostro. Mas você paga o café.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Mas quem ganha dinheiro é você. Aqui as pessoas entram de graça. Pelo comportamento.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Tá bom, eu pago. Mas vamos assumir outras formas, imagina depois se nos veem juntos de novo, aí é outro diluvio.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-O diluvio não foi por isso, você sabe. E mesmo que você tenha nos deixado, você ainda consegue chegar até a mim... pessoalmente.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-É porque somos entidades, não uso crachá.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Suas desculpas foram melhores Lucio.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Já te disse que o nome agora é... ahh deixa pra lá, Lucio tá bom. Você vai descer assim com essa roupa?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Você sabe que não ligo para coisas assim.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Tudo bem, então vamos. Aí te apresento outra invenção da humanidade chamada vídeo game.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ahhh Lucio, meu anjo desertor, mesmo você tendo criado o inferno, ainda se porta como anjo quando vem ao Paraíso. E é muito bom ver que mesmo você que renegou tudo crê na humanidade, assim como eu eu, um dia as coisas serão diferentes, mas sempre vamos precisar desse equilibrio e sim, justamente você é uma das pessoas que mais tem fé em mim. Obrigado.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">-Ahh eu... deixa pra lá, é bom ver que o Senhor voltou.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não veja este texto como religioso, ou pense que quero convencer alguém sobre a existência de Deus e o Diabo. Não. É só um diálogo, inicialmente entre amigos baseado em cima do desenho chamado "God, Devil and Bob" e das músicas "Deus e o Diabo - Titãs" e "One of Us - Joan Osborne". Não tive por base a infinita luta de trevas contra luzes, mas uma visão de que são apenas duas pessoas cordiais que defendem seus mundos e a existencia do nosso. Cada um de nós tem sua própria fé e é livre para crer no que quiser, ter a religião que quiser. Todos temos nossas próprias crenças. </span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-78032999033091599812015-12-08T11:15:00.003-08:002015-12-08T11:15:12.636-08:00Os Portões do Palácio<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O Rei se levantou do trono para polir sua coroa. Ela é feita dos mais limpos papéis amassados, reluzente e cravejada pelos enfeites que pôde encontrar no caminho. Todo um reino a controlar, tão pouco tempo se tem, as horas passam tão veloz quanto os duelos entre cavaleiros. Ah, o que seria deste reino sem este Rei? Seus súditos apressam-se em poder ouvi-lo, a multidão espera por um breve momento em que possa vê-lo, mesmo que por meros segundos.</span><br />
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Do alto da mais alta torre, ele contempla todo seu império conquistado com muito suor. É digno de vastos pensamentos que parecem aumentar ainda mais todo o território já conquistado. Ele sorri. Seu reino é justo, não há guerra, ou fome. Trata as pessoas por igual, sejam simples aldeões, sejam bispos e condes. Há muito motivos para se orgulhar do que tem, mas há pouco tempo para se apreciar tanta beleza.</span><br />
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">A masmorra é a mais alta torre do palácio, onde o Rei está preso. Ele pregou a igualdade, foi contrariado pelos nobres e decidido que seria trancafiado e seu parente mais próximo, um ambicioso conde, ficaria no poder, elevando as taxas e elitizando ainda mais o estilo de vida da nobreza. Ah como é injusto pensar que este mundo é que é o mundo real e que um Rei que poderia mudar o mundo, agora vive preso, drogado em seus devaneios, acreditando que tudo é como sempre quis que fosse.</span><br />
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O Rei não tem como fugir. As paredes são grossas. Barras de ferro na janela. Foi dado como morto. Poucos sabem quem vive na masmorra, ainda menos pessoas tem acesso a ela. Mas o rei vive feliz, ele sorri, suas gargalhadas são contagiantes. Ele ainda vive no seu mundo de igualdade, não percebe que está preso e só há muitos anos. Não percebe que perdeu sua razão, mas vê seu reino, ainda limpa sua coroa feita dos restos que encontrou naquela prisão, ainda encontra forças para sonhar e viver em seu mundo, em seu infinito particular, onde o cetro e o manto sagrado são de veludo e não de restos de roupas rasgados. Ainda é o mesmo Rei que sonhou com a igualdade, mas que o poder da nobreza o impediu de levar adiante um sonho onde a nobreza, clero e plebeus fossem realmente iguais. Pobre Rei. Viveu uma utopia, adormeceu e acordou encarcerado, até o fim de seus dias, e, nunca mais ouvi-se falar da igualdade entre as três classes. Pobre Rei que pereceu séculos atrás. Pobre de nós que nunca pudemos escutá-lo. </span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-52327479016322313662015-12-08T11:13:00.001-08:002015-12-08T11:30:21.380-08:00Roteiros<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Há um momento em que se questiona a própria existência humana. Nem mesmo a teoria da evolução é mais capaz de explicar até onde podemos realmente chegar, se é que realmente chegaremos, nem ao menos estaremos lá para conferir essa evolução das espécies. Mas e se nada disso é real?</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E se você que está lendo, na realidade nunca existiu, nem eu que escrevo estou realmente aqui... pode ser que tudo isso seja apenas imaginário, então nunca estivemos em qualquer lugar que acreditamos ter ido. A mente é poderosa, Nos envolve em tramas, nos leva a duvidar, nos faz acreditar. Mas você pode ter certeza do que realmente é real? E se ao abrir os olhos, apenas uma vaga lembrança de alguém escrevendo, outras pessoas que estavam lendo, pensando se realmente aconteceu, se aquilo tudo não passou de imaginação. </span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Podemos estar mais próximos do que realmente queremos. Assim como podemos, talvez nem existir nessa ou em qualquer outra realidade ou plano astral. O quanto o toque, o sabor pode ser uma sensação verdadeira, ou apenas o inconsciente imaginário dizendo que é isso que deve sentir? Ao fechar os olhos, você ouve a sua voz? Lembra-se com clareza do minuto anterior? Pode ter a certeza que aquele minuto que passou, existiu mesmo? Nunca teve tanta certeza de estar em duvida. O real que um dia imaginou, pode estar além. Além do momento que não se pode ver. </span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Toda essa conversa nunca existiu. Podem afirmar. Podem negar, ou questionar. Podem ir atrás das memórias frustradas de uma madrugada que não se tem certeza se o dia que passou foi real. Pode não saber se o que vai vir será mesmo verdadeiro. Mas afinal, quem é que quer saber o décimo passo, quando nem ao menos o primeiro é uma certeza? Entregue-se às suas duvidas. Questione a verdade, descubra onde ir de olhos vendados. A imaginação, pode ser tudo o que se tem. Você pode nunca ter existido e apenas imaginou que viveu, na imaginação de outra pessoa que também não tem certeza se um dia viveu de verdade, ou apenas dentro dos pensamentos de quem pensa no roteiro das vidas humanas.</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-58115290317039110502015-04-29T10:36:00.000-07:002015-04-29T10:36:00.543-07:00Vendedor de Sonhos<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUOHjO8n31WPfXHp7uVG2xyIk03RP5t1f9EuTCwyl-WLb7sM0ZwV1wsFb7A0rBMjcxY11_F77wWT5wHGLi1P9zQFA4qH5fM1siV8vWlzG1jgm6Wmssz5_LA7fhtFStcrVIBnLKjx1nNY/s1600/Imagem+018.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheUOHjO8n31WPfXHp7uVG2xyIk03RP5t1f9EuTCwyl-WLb7sM0ZwV1wsFb7A0rBMjcxY11_F77wWT5wHGLi1P9zQFA4qH5fM1siV8vWlzG1jgm6Wmssz5_LA7fhtFStcrVIBnLKjx1nNY/s1600/Imagem+018.jpg" height="177" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Em um pequeno vilarejo, distante das grandes capitais, o
homem mais poderoso da cidade é dono de três cavalos, duas vacas e tem um fusca
com mais de 20 anos. Um lugar que não conhece as novas tecnologias, não conhece
o poder da mídia, vive em um mundo só seu.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">O prefeito da cidade comanda pouco menos de 200 pessoas.
Vivem até hoje sem eletricidade. Vivem felizes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Um de seus habitantes curiosamente ganha a vida vendendo
frascos de sonhos. As pessoas compram e bebem o elixir mágico que os fazem ver
a vida de outra forma, alguns ao beber tem visões de grandes metrópoles,
assustadoras aos seus padrões de vida, outros se imaginam tão poderosos que
são donos do mundo. Este homem passa suas noites preparando seus frascos, e
durante o dia anda pela cidade vendendo sonhos, o momento mais aguardado depois
do almoço.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Todos consomem seus sonhos. Todos têm grandes sonhos e
ambições, mas não saem nunca da cidade. Eles têm o que precisam, vivem de sua
própria agricultura, de suas terras. Mas os sonhos os alimentam em outro nível
de realidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Há muitos anos esses sonhos são vendidos, ninguém sabe dizer
o que há dentro daquelas garrafas escuras que os deixam sonolentos e vêem a
vida de outra forma, mas é tudo que precisam para continuar felizes como vivem,
exatamente onde vivem.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Ele sempre espera todos almoçarem e então passa com sua
sacolinha, os sonhos são diversos, há de todos os tipos, e ele nunca voltou
para casa com um frasco cheio sequer.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">A cidade raramente recebe turistas, são poucos os que saíram
para viver em outros lugares, mas quem saiu há muito tempo, nunca chegou a
conhecer o vendedor de sonhos. Mas a neta do prefeito estava voltando, ela
tinha se mudado para estudar fora, tentar trazer um pouco mais de conhecimento
ao lugar onde passou quase toda sua vida.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Quando retornou reencontrou velhos amigos, nada nunca mudou. Mas de
imediato soube do momento mais feliz da cidade, à hora pós almoço em que o
vendedor passava. Todos gostavam dele e conversavam por alguns minutos,
contavam de seus sonhos e ele os tinha dentro de sua sacola. A moça intrigada
com isso, não entendia porque as pessoas se entregavam a isso, poderia ser um
alucinógeno, ou uma forte droga viciante, coisas que aquele vilarejo nunca vira
antes, mas ela sim. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Conversou com seu avô e ele mesmo confirmou que todo o dia
compra um frasco de sonhos. Cada vez mais curiosa, ela que recém retornara ao
seu berço, tinha que ver aquilo, tinha que saber o que era. Quis saber quem era
a pessoa, o gosto que tinha beber um sonho.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">E então, naquele dia, após o almoço ela o viu, lembrava-se
dele, claro, era um homem simples que cultivava uma pequena horta com vários
tipos de legumes, e vivia um pouco mais isolado que os demais habitantes, isso
a deixou completamente perplexa. Ela viu toda a cidade comprar os sonhos
líquidos e irem dormir felizes. Ela também bebeu, mas dormiu sem sonho algum,
ainda assim, preferiu apenas sorrir e dizer aos parentes que teve o melhor
sonho de sua vida ganhou sorrisos de volta como prova de que o vendedor
realmente deixava a cidade feliz.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">No final daquela tarde, ela foi visitar o homem que vende
sonhos. Conversou com ele, ele garantiu que não eram drogas, tão pouco
alucinógenos que ele nem imaginava o que significava essa palavra. Mas ela não
estava satisfeita. Ela por ter vivido tanto tempo fora adquiriu uma
caracteristica incomum para aquele lugar. A desconfiança.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">E as semanas que passaram ela continuava a beber os sonhos,
tirar o cochilo depois do almoço, mas ainda estava intrigada. Então resolveu
conversar de novo com o vendedor, ela tinha que saber o que era. Mas ele não
disse. A moça pensou até mesmo em levar um frasco para fora da cidade, pedir
uma analise para saber o que consumia e viciava aquela cidade, mas não achou
que seria certo fazer algo assim com aqueles sonhadores, mas por outro lado ela
descobriria a verdade, mesmo que magoasse sua família e amigos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Só o que ela não esperava é que o vendedor de sonhos um dia
a convidasse para fazer os sonhos com ele. De prontidão ela aceitou e foi
encontrá-lo á noite, tudo o que ele pediu é que o que ela visse, nunca fosse
contado a ninguém, de modo algum, pois era aquilo que mantinha a cidade alegre
e feliz, por menos que eles todos tivessem. Ela concordou.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Foi quando viu que o "sonho", nada mais era do que
suco de graviola, uma fruta desconhecida da cidade, misturada com leite e
açúcar, ela ficou ainda mais perplexa, naquele momento, entendeu que o que ele
oferecia era apenas um simples suco, mas que os sonhos e ambições estavam
dentro de cada um daquele povoado que por medo de deixar a cidade, se deixava
levar pela ciesta, afinal, ele vendia depois do almoço porque sabia que as
pessoas já estavam cansadas e querendo descansar, então, só os incentiva a
sonhar. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">Após saber isso, ela manteve sua promessa, viveu por mais alguns meses
lá e todos os dias ao cochilar depois do almoço tinha grandes sonhos. </span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"> </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">Quando foi embora ela finalmente entendeu que o
vendedor de sonhos, apenas deu um nome mais bonito a uma fruta que ninguém
nunca ouvira falar, até porque, sonhos todos tem, seja qual for, mas
experimentar algo novo, num lugar tão rudimentar, talvez não fosse bem aceito e
com as palavras certas, as pessoas realmente sonhavam com o que falavam. Nunca
houve drogas ou alucinações. Apenas sonhos adormecidos dentro de cada habitante
daquela cidade. E assim continuará enquanto aquele homem tiver sementes de
graviola para plantar.</span></span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-11047113103839236732015-01-23T05:03:00.000-08:002015-01-23T05:03:52.859-08:00Cegos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiccntJ1mzBxuTynlQB2RrC_luL24YIrdBK7mvbwuPwzAqyRto3UTdvC0-pMuTH3rJCkPX6lmsGUEMU6_0oUj1HHeIn-OZkQYKfgV1r4KUZe3x4Yr6D0RZnKyQ0H8WFiyYST-oyyVOF2uQ/s1600/Untitled-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiccntJ1mzBxuTynlQB2RrC_luL24YIrdBK7mvbwuPwzAqyRto3UTdvC0-pMuTH3rJCkPX6lmsGUEMU6_0oUj1HHeIn-OZkQYKfgV1r4KUZe3x4Yr6D0RZnKyQ0H8WFiyYST-oyyVOF2uQ/s200/Untitled-2.jpg" height="166" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Carregaram a fé para longe, derramando-a do alto de um desfiladeiro, sobre árvores mortas, derrubaram os ideais quase extintos de uma civilização descrente. Já não há mais em que acreditar. A noite toda mudou. A noite, ainda levou para longe o que foi encontrado no dia que se perdeu... Resta tão pouco tempo para descobrir que já não há mais tempo há se perder. Para aquele povoado tão distante de tudo, nada pode ir além de onde seus punhos alcançam. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Onde foi? Onde foram? Onde estamos indo? Não vou seguir adiante, ainda que me perca em cruzadas, não vou procurar mais a estaca no cálice de carbono...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não quero viver deste lado, leve minhas crenças para longe, guarde minhas desconfianças, deixe-me acreditar que ainda existo, ainda que apenas nas palavras que você lê... fique e guarde a lua dentro do guarda chuva, deixe para trás a vitória que nunca virá, conquiste uma nova derrota, torne-a seu troféu, esqueça o que ficou ali adiante, não vai alcançar, ainda que possa correr, já está cansado de estar a frente, agora vá...</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A luz não vai apagar, sempre vai estar lá, esperando, é onde te verei de novo...</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-81511392579805148662012-10-29T19:01:00.001-07:002012-10-29T19:01:30.499-07:00Horizonte<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Naquela madrugada finalmente despertei de todos os invernos consequentes dos dias mal dormidos. Não me entreguei as ilusões dos tenebrosos amores insensatos, que me perseguiram fora dos meus sonhos quando decidi seguir vivendo. E sigo meus caminhos, sigo fora do meu mundo, caindo da muralha, bombardeando as nuvens tempestuosas que trazem os pesadelos inacabados que se expandem a cada olhar que se perde quando não encontra a esperança de um novo dia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-Pyxgc5t-SpKga8yBgYhIM_cKI18cJLpOjwEFZtlfsh0iXAHsYz8z_-GyL0mY4Pb45WiBCBJ3jQt7bhiv97YfWd8s0ixpMw2gQmMY_h65Q3076N3KrIMb57mTUXRE-Wc8G5_y8bZhDk/s1600/Untitled-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9-Pyxgc5t-SpKga8yBgYhIM_cKI18cJLpOjwEFZtlfsh0iXAHsYz8z_-GyL0mY4Pb45WiBCBJ3jQt7bhiv97YfWd8s0ixpMw2gQmMY_h65Q3076N3KrIMb57mTUXRE-Wc8G5_y8bZhDk/s200/Untitled-1.jpg" width="200" /></span></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E, naquela manhã chuvosa, foi quando vi a luz entre as nuvens. Segui um instinto natural que queria apenas levantar e entrar na chuva. Não sei onde vi as pessoas estenderem as mãos, mas deixei pra depois, já sabia onde estava. Vivo partes de pesadelos dentro de sonhos inconscientes, quase embriagados, esperando serem tocados pela magia de um doce veneno que pudesse congelar aquele instante para sempre. Onde as luzes brilham ao relento, carregam o imaginário, despertam a realidade, buscando os relâmpagos que os despertariam para outros mundos, além de onde poderiam acordar.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E aquela tentativa de ir além, apaguei os rastros de onde passei, deixei as portas abertas nos quartos escuros, e, ainda assim era possível ouvir as lágrimas que tocam o ar sobre o teto coberto de um passado que nunca aconteceu... num mundo tão distante quanto todos os pensamentos um dia prometeram que eu chegaria. Lugares que só pude ver quando fechei os olhos e não mais abri. Naquele momento que enfim encontrei a paz, começando uma nova caminhada.</span>Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-70712753383821566842012-08-02T19:06:00.001-07:002012-08-02T19:06:22.541-07:00As Setas do Labirinto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg40rjIMrz-XeluqYt1qg9nT6fW1jVHkts8x3BJMpYOEwRfB0KNc4Zh6LYGAsOtZUTLxhPZXNl4nzKwdMtXbmeMxRYabmpiSzlLPCA-pzD_ot08xJBjV_G8Kao8tGrve_UhUb4ceP16Wvo/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg40rjIMrz-XeluqYt1qg9nT6fW1jVHkts8x3BJMpYOEwRfB0KNc4Zh6LYGAsOtZUTLxhPZXNl4nzKwdMtXbmeMxRYabmpiSzlLPCA-pzD_ot08xJBjV_G8Kao8tGrve_UhUb4ceP16Wvo/s320/01.jpg" width="240" /></a></div>
Ele sonhou com aquela calorosa noite de inverno.<br />
Lembrou dos dias nublados, as garrafas no chão.<br />
Lembrou da campainha, esqueceu o telefone.<br />
Deixou ferver a água até o vapor tocar as estrelas.<br />
Viu o sol se esconder atrás das nuvens, contou as pedras no chão.<br />
Sentiu pavor da amarga contradição metafórica que não encontrou.<br />
Sentiu a alegria transbordar com a lembrança recuperada.<br />
Viu na sua mente, um sorriso.<br />
Na varanda, ouviu a rua sussurrar, por entre os muros.<br />
Na varanda, ouviu o estalar das folhas caindo na parede da sala.<br />
Viu a lembrança que se perdeu.<br />
<br />
Ele acordou numa fia manhã de verão...<br />
Esqueceu o sol, deixou as marcas da caminhada no teto...<br />
Esqueceu o silêncio dos trovões, deixou a água transbordar dos sapatos...<br />
Estendeu as mãos ao chão, olhou para cima...<br />
Viu a imagem embaçada de uma memória que não consegue recuperar...<br />
Viu a calçada de bronze sumir com a chuva de mármore...<br />
Buscou o mais longinquo dia, viu o sorriso...<br />
Da janela, viu as árvores derrubando as pedras...<br />
Da janela, viu os gigantes prédios pedirem abrigo para as casas...<br />
O sorriso era o que se lembrava...<br />
<br />
Vai estar além das cruzadas desse labirinto mental;<br />
Vai estar diante das frias chamas do inverno;<br />
Esquecerá as pedras de areia que conquistou, derrubando todo o ouro da estante; <br />
Esquecerá das marés, deixará os flocos de neve na lareira;<br />
Sentado no quintal, não verá os meteoros cruzando os céus dentro da cozinha;<br />
Sentado no quintal, deixará se levar pelo riso;<br />
Pela lembrança de um sorriso... a melhor lembrança que guardou do dia que perdeu...Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-4376142442418655162012-06-28T17:03:00.000-07:002012-06-28T17:03:04.147-07:00Distantes<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVMl7pzkkLybSQ9L_NsoGQPxhLSiunhqwQd3849s3t2JsMXdGA_YMcQXDc4hqO-Q0axjVQCcu94PLhisNGJvm4s1tPl9zZfnf8lC15sKaVLnfhb5-hw-eqpk-HHu2sT57J53qbdiXZhUQ/s1600/Untitled-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVMl7pzkkLybSQ9L_NsoGQPxhLSiunhqwQd3849s3t2JsMXdGA_YMcQXDc4hqO-Q0axjVQCcu94PLhisNGJvm4s1tPl9zZfnf8lC15sKaVLnfhb5-hw-eqpk-HHu2sT57J53qbdiXZhUQ/s200/Untitled-1.jpg" width="200" /></a>Afinal, o quão longe eles poderiam chegar? Perguntavam isso o tempo todo, mas nunca em voz alta. Tinham dúvidas de quem realmente se tornaram. Estranhos perfeitos, perdidos no horizonte. Eles acreditaram que podiam ir além, que poderiam brilhar, que as estrelhas eram apenas faíscas ofuscando momentaneamente a escuridão. Era onde queriam ir. Além do que poderiam esperar de seus destinos. Eles cairam várias vezes. Eles brigaram várias vezes. O mundo é seu palco. Tudo desmoronava quando eles caminhavam, o tempo parava quando corriam, o caos parecia perseguir suas escolhas. Toda tragédia é consequencia de uma escolha que deu errado em algum momento.<br />
<br />
Nunca mudam. As idéas seguem planos diferentes, opostos, mas em algum momento, um único erro e tudo desmorona, quando as paredesdo oasis começam a ruir, o oceano desperta suas lágrimas ao sol, que despeja sua escuridão despojada para eles e o ciclo começa novamente. Eles pairam quando pensam de verdade o quão longe poderiam mesmo chegar. Perfeitos estranhosnum paraíso de uma ilusão que não os levou a lugar nenhum. Eles acreditam que tudo está vindo contra eles, mas permaneceram lado a lado, só para dar mais uns passos e então descobrir o quão longe poderiam chegar. Os castelos sempre abrem os portões na mesma hora.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7E2Znk9GfOsIYKb1gBAHopUEmcj0iTK3YozCnT5lPhzAwF00hrRHreilj1ts9cVQgDNVZ9RD2maFgz7VInd6MtYjus9_69WKPHgppp_ex3Gip25RrtUDM38ecLHEnhmlfK_2bnTQCZms/s1600/Untitled-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7E2Znk9GfOsIYKb1gBAHopUEmcj0iTK3YozCnT5lPhzAwF00hrRHreilj1ts9cVQgDNVZ9RD2maFgz7VInd6MtYjus9_69WKPHgppp_ex3Gip25RrtUDM38ecLHEnhmlfK_2bnTQCZms/s200/Untitled-2.jpg" width="170" /></a>Quando a lua se despede das luzes ao redor, seu coração extravasa o impeto do amago amargurado, é quando eles decidem que está na hora. É hora de ver o quão longe podem chegar... a partir daqui, só falta mesmo, saberem quem são, não sabem nada um do outro, mas estiveram juntos até aqui, numa jornada que até então não sabiam se estavam juntos ou competindo, mas não importava, parecia estar no fim, parecia que eram mesmo estranhos presentes um para o outro. Rodeados do vazio, cercados de almas que não os levaram tão longe quanto queriam, mas sem nem ao menos saber quem são, eles se vão. Como já deveria ter sido, é o mais longe que poderiam ter ido. até aqui.Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-22906202381671464332012-06-28T15:33:00.000-07:002012-06-28T15:33:20.391-07:00Indo Embora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM3vx80xkm1f6D1Oppxi4tvrJ9WFP-ACX6iIy1tgGdmo4ke2cfAbFQbnRDG48HFnOm1cFwkJZAu-Gi3lIKoQlWQf65VawA9G2IlFVENqCRAtFrDhXjkq2hGmcr2AkVMCcwtC7RAM4wWl8/s1600/Untitled-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM3vx80xkm1f6D1Oppxi4tvrJ9WFP-ACX6iIy1tgGdmo4ke2cfAbFQbnRDG48HFnOm1cFwkJZAu-Gi3lIKoQlWQf65VawA9G2IlFVENqCRAtFrDhXjkq2hGmcr2AkVMCcwtC7RAM4wWl8/s200/Untitled-1.jpg" width="200" /></a></div>
Eles se levantaram. Foram embora, tudo o que restou foi a poeira dourada, reluzente nas trevas do pensamento perdido das catastrofes mentais, segue isolado das demais ondas cerebrais. Sentiam-se inúteis, uma perda do inverno sob a luz do outono. Abandonados a ponto de serem apagados de todas as memórias. Deixados ao fundo, escondidos de suas próprias lembranças. Assim seguiram por entre as frestas dos cadernos caídos, ainda sem marcas de lápis. Dias como hoje já não fazem mais parte daquilo que os trouxe até ali.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqLuDhBPwg4fFFIGkTubT6C_DQycYvoDCYL9_t6PLscBUMt1Kvgr3IvbHyc_a1rh_HdNIj8FQpAXO6_fnqQ2Da5qHQQwv65mI4pLbF-y_oojlCLAg6iisg-pYihRlEsL6EL75cMLh9Giw/s1600/Untitled-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqLuDhBPwg4fFFIGkTubT6C_DQycYvoDCYL9_t6PLscBUMt1Kvgr3IvbHyc_a1rh_HdNIj8FQpAXO6_fnqQ2Da5qHQQwv65mI4pLbF-y_oojlCLAg6iisg-pYihRlEsL6EL75cMLh9Giw/s200/Untitled-2.jpg" width="200" /></a><br />
<br />
Muros foram erguidos, prédios foram derrubados. As árvores tomaram posse de tudo. As notas mentais foram esquecidas, e, tudo o que ele ainda resistia em querer, desistiu. Momentos de raiva o assombraram por dias. Dias de tormenta, dias de uma confusão complascente. E ainda assim, ele insistia seguir adiante, andando de costas, só para não ver o futuro que tanto teme. Deixou a coragem entre as moitas secas dos quadros quebrados. Deixou um lembrete em cima do teto de feno queimado, incendiado pela lembrança do mais frio verão que enfrentou.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipRnei7JihZN6SEcfwkMh1_XYsMDTaFDtZJpc52vtUzpyNJ7gB2oePq6U8yQaleO1I52vnZHh1ceReUZXu5yF4tnXYmt9w41yhPoAKho4z9sXHLBmFdCZ-UAt8ooyz-tNlHHj6hVwQnAI/s1600/Untitled-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipRnei7JihZN6SEcfwkMh1_XYsMDTaFDtZJpc52vtUzpyNJ7gB2oePq6U8yQaleO1I52vnZHh1ceReUZXu5yF4tnXYmt9w41yhPoAKho4z9sXHLBmFdCZ-UAt8ooyz-tNlHHj6hVwQnAI/s200/Untitled-3.jpg" width="200" /></a>Deixou-se levar pela insensatez de um pensamento que abandonou no bosque eletrônico. Caixas abriam microchips dentro do caule das flores. Não retornaram da longa avenida de mão única onde perderam os óculos do deserto. Deixaram aqui a coragem que um dia pensaram conquistar, mas não quiseram. Seguiram adiante, além, pararam por um instante, não sairam do lugar, não vão a lugar nenhum. Cegos pelas trevas do sol, deixaram-se irradiar pelos raios das sombras, temiam não ver mais quem se tornaram, ou pelo menos quem queriam ser realmente. E ali ficaram. Pensando em como poderia ter sido diferente "se", mas os quase não são uma realidade.Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-25920834844360070552012-05-10T17:58:00.005-07:002012-05-10T17:58:59.171-07:00Just Another Day In...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hnThQCHHu0dvExIvlbFOsZGplLucQviRlGFFZwk7oqabcRfxH9eA4-QIKAtQMo_iUYXOVmqW49X6SiMoAcJoTq7N3uO7uQ8YXJ04oJUem_TNFAxdX0HF3ZuyJTDKPDgo24uj83FyVSU/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3hnThQCHHu0dvExIvlbFOsZGplLucQviRlGFFZwk7oqabcRfxH9eA4-QIKAtQMo_iUYXOVmqW49X6SiMoAcJoTq7N3uO7uQ8YXJ04oJUem_TNFAxdX0HF3ZuyJTDKPDgo24uj83FyVSU/s320/01.jpg" width="320" /></a>Eu entrei em um labirinto que por ironia do destino, vejo que todos os caminhos levam apenas pra trás. E sei que não é o lado pelo qual devo seguir, já deixei caos demais por onde passei e jamais vi a ordem que tanto me disseram. Não me interesso pelo que passou. Não sei onde vou. São poucas as luzes. Mas talvez eu esteja atrás é das sombras e da solidão.<br />
<br />
Não vejo além dos meus punhos o que o destino nunca quis que eu pudesse descobrir. Mas depois de tanto ignorar isso, acho que ele desistiu de mim. Assim como eu dele. O destino e eu nunca nos demos muito bem mesmo. Mas afinal, quem disse que não era isso que eu queria? Poder ser livre até mesmo do caminho que um dia pensaram que eu seguiria.<br />
<br />
Deixo aqui as marcas e cicatrizes dos dias que deixei para trás. Ainda carrego na mochila os dias que não quero nunca me esquecer. E para sempre na memória, aquele sorriso me tirou das minhas próprias trevas e me jogou para o alto, dizendo apenas para viver por mim mesmo. Deixar de pensar no que poderia estar perdendo e o que realmente estava conquistando. Simples assim.<br />
<br />
Não são pelas escolhas que fiz, ou as que subjuguei. Mas sim a nova rota que criei a cada passo que dei sem ter a menor idéia de onde estava indo, ou porque estava indo. Não preciso mais de motivos, só quero saber que estou aqui. Livre arbítrio?? Talvez, livre escolha, novos rumos, talvez sem antigos princípios. Até onde posso chegar se joguei o mapa do acaso no cesto de recicláveis? Vou chegar tão longe que viverei um sonho de quem se perdeu e não tem interesse de saber onde está, ou onde vai acabar.Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8842315616324382130.post-1004666135029182712012-04-23T15:53:00.001-07:002012-04-23T15:53:11.982-07:00Inverno PresenteDeixei me levar pela imaginação até os longinquos moinhos de vento, passei pelas estranhas estátuas da Ilha de Páscoa, vi desertos soterrados tornarem-se florestas tropicais. Vi aquele velho trem percorrer um caminho longo sem trilhos, deixei de plantar os cata-ventos nas memórias do futuro. Vi aquela pilha de livros ironicamente deixados sob a sombras das árvores, esperando que um dia sejam novamente abertos em suas páginas não marcadas.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxj1cCMFsRXezQWKf0DJuBExXB1TfQNxos8qf6yOBRg7AYS7hXTolUdArcGE9cQzfWqe4Ynhnp0S2xyeS5c4I7Z9jJyBnzxWBN0mergi5sJIh307I8_mSCUT4yOHGfcnJ04kVRPEV8j5s/s1600/00.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxj1cCMFsRXezQWKf0DJuBExXB1TfQNxos8qf6yOBRg7AYS7hXTolUdArcGE9cQzfWqe4Ynhnp0S2xyeS5c4I7Z9jJyBnzxWBN0mergi5sJIh307I8_mSCUT4yOHGfcnJ04kVRPEV8j5s/s320/00.jpg" width="320" /></a>Quando a noite chegou as pilhas do controle remoto pifaram. Não podia mais fazer nada. Não queria mesmo fazer. Ir além, ir adiante, olhar os lados... por quê? Onde quer que esteja, onde que possa chegar, não vai me satisfazer por completo, mas o que pode completar essa satisfação? O que pode ser ir além? Quero apenas lembrar que posso ser esquecido e deixado de lado, talvez seja um pedido complexo numa sociedade que se preocupa em viver a vida alheia, mas é simples, não é nada demais.<br />
<br />
Talvez algum dia lembre de colocar o lixo pra fora na hora certa, talvez com um pouco de sorte até me levante mais cedo sem razão nenhuma e siga todos os caminhos que já ignorei, deixando de lado as escolhas que um dia fiz, pensando apenas em não ser igual, mas segui por um lado inconstante e controverso que foge a minha própria realidade mostrando que toda a indiferença que cultivei não me levou tão distante daquilo que sempre evitei. Talvez por isso, não lembramos sempre do que acontece.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
* agradecimentos à Nathalia que me deu esse final do texto. Obrigado!!!<br />Rafael Takamotohttp://www.blogger.com/profile/05445341278096917251noreply@blogger.com3