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domingo, 29 de janeiro de 2012

Postais no Teto

Às vezes, procurando o que nunca precisou, passa correndo, ainda sem saber onde quer ir e olha pra trás, achando que se perdeu. As luzes nunca foram apagadas, mas as lâmpadas estão queimadas. Mas se toda escolha é feita por olhos cegos, onde estão os arrependimentos? Seguem adiante. Sempre, e, cada vez mais cegos. Dão de cara com portas fechadas e janelas escancaradas. Porque sempre há uma opção que surpreende a todo momento e faz acreditar ainda mais que muitas palavras são desnecessárias, e, tudo ao redor vai mudar.

Ainda quer ir onde não chegou, só pra ver o que ainda não alcançou. Viveu se questionando. Desistiu. Numa longa caminhada em silencio, não vê mais motivos para não descer de novo. Talvez o mundo não seja mais como era antes, talvez, seja hora de sentir isso. Não sabe como é o mundo fora do seu inconsciente que viveu isolado. 

Ao compasso do descaso corre ao redor dos mapas de uma finita imaginação. A limitação de um metodismo qualquer impõe as barreiras dentro de um visionário que se recusa ver o que há dentro da jaula. O mundo que antes via com certo explendor, agora se perdeu sem a magia que um dia pôde controlar ao deixar se esvair todo o tempo que jamais sentiu passar. Correu para ver quanto tempo ainda lhe resta, se é que vai fazer diferença. Se preocupa tanto com tempo perdido e esquece o que vem ao seu redor. Não para e nem olha o que perdeu, mas nunca teve forças para arrepender-se. Estendeu as mãos, tentou alcançar o que ainda estava longe faltava pouco e esse tão pouco parecia que estava ainda mais distante e já não podia mais ver.

Desistiu de voar além dos próprios pensamentos, testar os limites, crê que é melhor voltar, olhar pra trás, regredir uns meros degraus. Ninguém vai seguir seus passos. Ninguém vai entender o por que. Nunca vão deixar uma porta aberta perto de onde conseguiu entrar.



2 comentários:

  1. Esse texto me remete a busca,buscar algo,pq buscar é ir além...Uma vez eu já escrevi aqui sobre toda busca já trazer consigo o encontro .Estão inseridos um no outro.Há quem diga que eles são,na verdade,a mesma coisa em roupagens diferentes. Mas busca e encontro são temas com muitas variações.Mesmo quando não se sabe verdadeiramente o que se busca,sempre encontra-se algo. Mas será que não se sabe mesmo? Ou não temos coragem de assumir que sabemos? A resposta? Deve estar inserida na pergunta...

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  2. Então, Rafa... Esse seu texto tem um problemão: o começo dele é bom demais.

    "Às vezes, procurando o que nunca precisou, passa correndo, ainda sem saber onde quer ir e olha pra trás, achando que se perdeu."

    Meu, com 23 palavras vc contou uma história - começo, meio e fim, poderia muito bem ser o resumo de uma vida. E depois deste tapa na cara o resto do texto, ainda q bem escrito, ficou parecendo um acessório dispensável.

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